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Leia maisNos últimos anos, o Banco Central tem impulsionado uma série de mudanças no sistema financeiro brasileiro, levando o Open Finance a um novo patamar. A visão é clara: trazer mais benefícios e inovações ao consumidor final, tornando o ecossistema financeiro mais acessível, competitivo e eficiente.
Depois de ampliar a abrangência do Open Finance e integrar mais instituições, o foco agora está em otimizar os pagamentos. Desta vez, uma mudança significativa promete conectar diversos pontos na indústria e trazer inúmeras oportunidades para empresas e consumidores: o Pix por Aproximação.
Uma das peças-chave para essa evolução nos pagamentos é a Jornada Sem Redirecionamento (JSR). Mas o que exatamente isso significa? Em termos práticos, trata-se de uma modalidade de pagamento dentro do Open Finance que visa aprimorar a experiência do usuário. Atualmente, ao realizar um pagamento via Pix, o usuário geralmente é redirecionado para o ambiente do banco detentor dos recursos para autenticar a transação. Esse processo, apesar de relativamente rápido, envolve etapas que podem impactar na conversão de pagamentos.
Com a Jornada Sem Redirecionamento, o usuário não precisará mais passar por esse processo de redirecionamento. Após uma autorização prévia e não recorrente, ele poderá realizar movimentações financeiras de forma quase instantânea, sem sair do ambiente em que está. Isso representa uma experiência muito mais fluida, rápida e conveniente, abrindo espaço para novos casos de uso e acelerando a adoção do Open Finance.
Essa mudança não é opcional: a partir de agora, a JSR será obrigatória para uma ampla gama de instituições, cobrindo 99% das empresas que movimentam recursos via Iniciadores de Transações de Pagamento (ITPs). Para as demais instituições, a obrigatoriedade entrará em vigor em 2026, garantindo uma abrangência ainda maior no futuro .
Um dos maiores benefícios da JSR é o impacto que ela poderá ter nos pontos de venda físicos, especialmente com o Pix por Aproximação. Hoje, a experiência de pagamento com Pix em estabelecimentos físicos ainda varia bastante. Muitas vezes, o cliente precisa escanear um QR Code estático na parede, anotar a chave Pix do vendedor ou passar por uma série de etapas até conseguir efetuar o pagamento. Em comparação com o cartão por aproximação, esse processo pode ser mais demorado e menos conveniente.
A promessa é que, com a implementação do Pix por Aproximação, essa experiência se torne tão simples quanto o pagamento por cartões de débito e crédito. Ao integrar o Pix em carteiras digitais, como Google Pay e Apple Pay, será possível realizar pagamentos com um único toque no celular, utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication). Isso trará maior praticidade ao consumidor, aproximando o Pix das experiências já conhecidas e amplamente aceitas nos pontos de venda.
No entanto, para que isso se torne uma realidade, ainda há necessidade de ajustes técnicos e regulatórios. O Banco Central já indicou que está trabalhando na regulamentação dos padrões de comunicação e arranjos para essa última milha da aproximação via NFC. As instituições financeiras terão que se adaptar a esses novos padrões, criando um ambiente mais homogêneo e funcional para os consumidores.
No mundo online, a JSR também trará benefícios. Será possível pagar com um único clique em qualquer ambiente onde o Pix esteja cadastrado e autorizado, facilitando ainda mais o processo de compra. Além disso, as carteiras digitais poderão ser usadas diretamente nos browsers, simplificando ainda mais as jornadas de pagamento.
As oportunidades que surgem com essa inovação são imensas. Estamos testemunhando o nascimento de uma experiência de pagamento extremamente atrativa, que tem o potencial de revolucionar não apenas as transações financeiras, mas também o desenvolvimento de novos produtos e serviços. O Pix por Aproximação e a Jornada Sem Redirecionamento abrem portas para a criação de funcionalidades como pagamentos programados, assinaturas recorrentes, parcelamentos automáticos e muitos outros casos de uso.
Esse grande salto do Banco Central representa um marco importante na história do Open Finance no Brasil. Ele tem o potencial de trazer soluções inovadoras para o dia a dia das pessoas e acelerar ainda mais a adoção do Open Finance pela população. Empresas de todos os setores poderão se beneficiar dessas novas possibilidades, desenvolvendo soluções que melhorem a vida dos consumidores e tornem o sistema financeiro mais dinâmico e inclusivo.
O futuro do Open Finance no Brasil nunca pareceu tão promissor, e o Pix por Aproximação é mais um passo significativo nessa jornada de transformação.
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